Da estrada
Muito pó
Já engoli
Já segui
Toda manada
E também
Me converti
Muitas vezes
Eu chorei
Tantas vezes
Eu sofri
Na poeira
Da estrada
Muito pó
Eu engoli
Eu fui fera
Fui ferida
Fui matuto
E ancestral
Fui
minha mãe
E fui
meu pai
Nas poeiras
Do quintal
Vi flagelos
E desgraças
Fatos tristes
No jornal
No jardim
Da minha vida
Vi o bem
E muito mal.
Na poeira
Da estrada
Tanto pó
Eu engoli
Mas poeira
Não me mata.
Nesta vida
Eu aprendi .
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