A todos os que desejam conhecer os segredos da ciência milenar do AYURVEDA, indico o IBRATA!
http://www.ibrata.com.br/ , a escola onde me formei.
Não tenho palavras para agradecer tudo o que aprendi, todo o amor compartilhado, a alegria da amizade dos meus queridos professores ANAND APURVA e MA PREM ILA.
Ma Prem Ila, excelente professora e médica ayurveda. Procure-a! Ela sempre terá um conselho, um diagnóstico, uma motivação, um tratamento especial para lhe indicar.
Hoje quero compartilhar com todos e em especial meus amigos terapeutas, o maravilhoso texto de Anand Apurva, um texto que veio do coração, valiosa lembrança para que sejamos todos sempre muito humildes, ferramentos do Divino!
Salve Apurva, descanse em paz!
Um abraço a todos e uma terça-feira maravilhosa.
Aqui e agora, haja sempre paz!
Ana Veet Maya
Ser terapeuta...
Dr. Fernando A. Oliveira
Terapia é basicamente uma
função do amor, e o amor somente flui quando não há ego. Você só pode ajudar o
outro na medida em que você não é egoísta. No momento em que o ego entra, o
outro se torna defensivo. O ego é agressivo; ele cria uma necessidade automática
no outro de ser defensivo. O amor é não-agressivo. Ele ajuda o outro a
permanecer vulnerável, aberto, não-defensivo. Portanto, sem amor não há
terapia.
Terapia é uma função do amor.
Logo, com ego você não pode ajudar. Você pode até mesmo destruir o outro. Em
nome de ajuda você pode até mesmo obstruir o seu crescimento. Mas a psicologia
ocidental está numa bagunça.
A primeira coisa: a psicologia
ocidental ainda pensa em termos de um ego saudável. E o ego nunca pode ser
saudável. É uma contradição do próprio termo. Ego, em si, é doença. O ego não
pode nunca ser saudável. O ego está sempre levando você em direção a mais e mais
doença. Mas a psicologia ocidental pensa (toda a mentalidade ocidental tem sido)
que as pessoas estão sofrendo de egos fracos. As pessoas não estão sofrendo de
fraqueza do ego, mas de muito egoísmo. Mas se a sociedade é orientada pela
mentalidade masculina, orientada pela agressividade, o único desejo da sociedade
é como conquistar tudo, então naturalmente você tem que abandonar tudo o que é
feminino em você, você tem que abandonar metade do seu ser na escuridão - e você
tem de viver com a outra metade. A outra metade nunca pode ser saudável, porque
a saúde vem da totalidade. O feminino tem de ser aceito. O feminino é o não-ego,
o feminino é receptividade, o feminino é amor.
Uma pessoa realmente saudável é
alguém que está totalmente equilibrada entre o masculino e o feminino. De fato,
é alguém cuja masculinidade foi cortada, destruída por sua feminilidade, que
transcendeu a ambos, que não é masculino nem feminino - que simplesmente é. Você
não pode categorizá-lo. Este homem é pleno, e este homem é são. E para este
homem, no Oriente, nós sempre olhamos como o Mestre.
No Oriente, nós não criamos nada
paralelo ao psicoterapeuta. O Oriente criou o Mestre, o Ocidente criou o
psicoterapeuta. Quando as pessoas estão mentalmente perturbadas, elas vão à um
psiquiatra no Ocidente; no Oriente elas vão à um Mestre. A função do Mestre é
totalmente diferente. Ele não o ajuda a atingir um ego mais forte. Na verdade,
ele faz você sentir que o ego que você tem já é demais. Abandone-o! Deixe-o
ir!
Uma vez que o ego foi abandonado,
subitamente você é um, pleno e fluídico. E não há nenhum bloco e nenhum
obstáculo...
No Oriente, a nossa abordagem é de
que o terapeuta não tem de fazer nenhum trabalho. O terapeuta torna-se
simplesmente um veículo para a energia de Deus. Ele tem somente que estar
disponível como um bambu oco, de maneira que Deus passe através dele. O curador
tem de se tornar simplesmente uma passagem.
O paciente é um homem - aos olhos
orientais - que perdeu o seu contato com Deus. Ele se tornou muito egoísta, e
perdeu o seu contato com Deus. Ele criou uma tal muralha da China a sua volta
que ele não sabe mais o que Deus é, ele não sabe mais o que é a totalidade. Ele
está totalmente desconcertado das raízes, da própria fonte da vida. É por isso
que ele está doente - mentalmente, fisicamente ou de qualquer outra maneira. A
doença significa que ele perdeu a trilha da fonte. O curador (healer), o
terapeuta no Oriente, tem como função conectá-lo com a fonte novamente. Ele
perdeu a fonte, mas você ainda tem a conexão.
Você segura a mão da pessoa. Ela
está escondida atrás de uma parede. Deixe-a estar escondida por detrás da
parede. Mesmo se você puder segurar a sua mão através de um buraco na parede...
se ela pode confiar em você, ela não pode confiar num Deus, ela não sabe o que
Deus significa. A palavra tornou-se sem sentido para ela. Mas ela pode confiar
no terapeuta, ela pode dar a mão ao terapeuta. O terapeuta está vazio,
simplesmente em sintonia com Deus, e a energia começa a fluir. E esta energia é
tão vital, tão rejuvenescedora, que mais cedo ou mais tarde ela dissolve aquelas
muralhas da China em volta do paciente, ele tem um vislumbre do não-ego. Este
vislumbre o faz são e pleno, nada mais o faz são e pleno.
Portanto, se o próprio terapeuta é
um egoísta, então é impossível. Ambos são prisioneiros. Sua prisões são
diferentes, mas eles não podem ser de grande ajuda. Toda a minha abordagem sobre
terapia, é de que o terapeuta tem de tornar-se um instrumento de Deus. Eu não
estou dizendo não saiba o know-how. Saiba o know-how! - mas faça este know-how
disponível para Deus. Deixe Ele usá-lo. Aprenda psicoterapia, aprenda todos os
tipos de terapias. Saiba tudo o que é possível saber, mas não se prenda- a isto.
Ponha isto lá, deixe Deus estar disponível através de você. Permita Deus através
de todo o seu know-how, permita à Deus fluir através de seu know-how. Deixe-o
ser a fonte da cura e da terapia. Isto é que é amor.
O amor relaxa o outro. O amor dá
confiança. ao outro. O amor banha o outro, cura as suas feridas.
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