28 August 2008

CONFISSÃO

por Ana Veet Maya

Coroas, ouro e vintém
De bom grado eu daria
Para estar com o meu bem
E dar asas à poesia.

E se do alto eu pudesse
Um raio de sol captar
Só pra ti enviaria
Pra tua tez iluminar.

Nas profundezas do azul
No mar aberto um clarão
As ondas mais claras e mansas
Viriam beijar tua mão.

Trovão e vento cortante
Na mata, na chuva, no rio
Feliz eu seria no instante
Que tu esquentasse meu frio.

Na seca, poeira, deserto
Chorando, morrendo de dor
Oásis seria se perto
Tivesse a ti meu amor.

Mas és mau, me castigas
Insistes, não dás teu calor
E assim já morro à míngua,
Sedenta e faminta de amor.

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