DESPRENDER A TERRA

DESPRENDER A TERRA, texto de Roberto Yamazato

Na terra dura e árida, qual semente poderá crescer? Como plantar o alimento e saciar a fome?

Nossas crenças negativas coletivas, nosso egoísmo são esta terra dura e árida, tornada estéril e sem vida, incapaz de alimentar-nos.

Então a terra precisa ser trabalhada, arada, revolvida.

O arado é a verdade, que sulca, corta e revolve. Sob a verdade, nenhuma falsidade pode resistir.

O adubo são os novos pensamentos, novas crenças, o aprendizado do bem, do bom e do belo.

A terra que estava pobre se enriquece.

Agora arejada, ela respira melhor, entre os duros grãos de terra o novo se insere.

Mas não basta somente o adubo, é preciso irrigá-la constantemente.

A água são nossos bons sentimentos, tolerância, paciência, dedicação, compaixão, fraternidade, serenidade, bondade.

Junto com o adubo, esta água irá alimentar as sementes permitindo que elas brotem e cresçam.

Qual semente nos dará o alimento capaz de nos satisfazer?

São as sementes do amor, tão pequenas elas nos parecem, mas tão poderosas elas são. Capazes do milagre da multiplicação, de transformar aquela terra árida e sem vida em frutos sagrados.

Então estas sementes brotam em busca da luz, em direção à luz do Sol.

O Sol é o Divino, brilhando intensamente, nos aquecendo e irradiando vida.

Os brotos são nossas boas ações, semeadas com amor, alimentadas de bons pensamentos e irrigadas de bons sentimentos. Orientadas em direção ao Sol, elas cumprem seu destino tornando-se o alimento que nutre e sacia a fome da humanidade, entregando em seus frutos novas sementes, fazendo crescer as plantações.

A paisagem antes árida então se transforma, torna-se bela e exuberante, exalando maravilhosos perfumes e rica abundância.

Saibamos desprender a terra, revolvê-la e plantar boas sementes.