14 October 2014

AME-SE

texto de OSHO 
A primeira amizade precisa ser consigo mesmo, mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma. Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor por si mesmo foi considerado como um pecado. Não é. Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível. Como o amor por si mesmo foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram. Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: “Não se alimente da terra, isso é pecado. Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo. Seja altruísta, sirva outras árvores”. Parece lógico, e esse é o perigo. Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: “Não ame a si mesmo”. Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas. Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo - de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar. As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência – estão desenraizadas.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada. A energia é liberada daquela forma. Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem. Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam. A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental. Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
- Osho 

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