28 March 2012

ISSO TAMBÉM VAI PASSAR

por Ana Veet Maya

Dúvidas, anseios, angústias, depressão, solidão, descrença...
Noite, chuva, raios...
Vento forte estremece as janelas, derruba as árvores, cria um cenário caótico que inspira pensamentos idem.
Pessoas correm e buscam proteção.
Mas nem sempre o calor e a proteção do nosso lar conseguem nos proteger do medo do futuro, dos bichos que nos espreitam, da escuridão que parece nos tomar tão de repente...


O que afinal está por vir?

E nos perdemos em pensamentos distorcidos e realidades alteradas.

E nos cansamos porque nossa energia vital se desgasta e se queima com nossos pensamentos negativos e nossas expectativas vãs de um futuro que parece nebuloso e incerto.

Aí dá um oco no peito, um silêncio no quarto, um ponto de interrogação...

O QUE VAI SER DE MIM?

Nesse instante, mais do que nunca, precisamos SILENCIAR.
O silêncio é uma oração.
O silêncio é mágico!

Vamos calar nossos pensamentos, nossos julgamentos...
Vamos relaxar e ter fé!
Respirar... respirar... respirar...

Olhar para o céu, observar toda a natureza ao nosso redor e entender que tudo passa..
A escuridão e a luz se completam.
E as lágrimas deste momento, naturalmente abrirão caminho para outros tantos sorrisos.
Felizes e abençoados os que choram.
Tudo está em movimento.
E isso que sentimos agora, assim como as nuvens passam no céu, isso também vai passar.

12 March 2012

AMOR, SEPARAÇÃO E DOR

por Ana Veet Maya

Existem momentos na vida em que sentimos nossa energia vital se esvair e parece que nosso coração vai explodir de dor.

Não dá pra medir a dor. Mas todos nós sentimos!

As dores físicas passam com remédios. As dores morais, as emocionais, as espirituais, só passam com o exercício do amor e do perdão.

Não é fácil ser desapegado no momento da partida do pai, dizer adeus a mãe ou ao filho que partiram para a vida eterna.

Igualmente é grande a dor na hora da separação do seu cachorrinho, seu gatinho, seus companheirinhos amados.

Também não é fácil para um casal que decidiu se separar, dizer adeus a esse amor que se transformou...

Olhamos com apego e sofremos com a nossa dor e com a dor do companheiro(a) com quem convivemos um tempo e do qual decidimos nos separar. 

Mesmo sabendo que muitas separações acontecem por pura falta de comunicação e humildade, elas acontecem, ainda que lá no fundo do coração, a chama do amor ainda brilhe.

Falta maturidade para vivenciar um amor mais pleno e de parceria.

Deixamos-nos seduzir pelo novo, vestimos emoções meramente carnais, maculamos nosso coração e nosso espírito com os anseios do corpo desequilibrado...

Deixamos que a sociedade nos contamine,  que a novidade nos cegue e fascine, permitimos nos influenciar pela opinião alheia, alimentamos nossa vaidade e as rivalidades dos sexos, a briga pela auto-afirmação do ego e pelo exercício do poder...

Sentimentos e atitudes destrutivas e egóicas, essas portas que abrimos inconscientes, muito nos afastam do amor.

Parece que nem demos permissão e sem que quisessemos, assim de repente, o amor finge se turvar e acabar, instala-se a guerrilha e o desencontro do casal...

Surgem as discussões eternas de relacionamento e vem a instabilidade emocional e a irritação; parece que o amor dá lugar ao ódio e às brigas judiciais... 

E a separação acontece.
Mas saiba que amor que é amor de verdade, nunca termina. Ele apenas se transforma.

Agradeça pelo período alegre do compartilhar e do convívio com o ser amado e deixe-o partir!

Dedico a você, alma que sofre pela partida de um amor, este meu texto 
e a pesquisa que publico a seguir, o texto de Wagner Borges.

Respire fundo e desapegue-se.

Amor que é amor de verdade, é feliz na felicidade do outro.

Fortaleça seu amor-próprio, equilibre-se, entre em contato com a Terra e com o teu Deus.

Desapegue-se das culpas e das auto-críticas neuróticas.

Todos somos humanos e erramos. E isso também passa.

O Universo nos beneficia eternamente.

Vamos desenvolver o nosso olhar e enxergar as bênçãos que são derramadas sobre nossas cabeças a cada respiração.

Vamos agradecer pela vida e pelo amor!
Namastê, meu irmão, minha irmã!
Haja paz em nosso coração.
Ana Veet Maya

A grande viagem do espírito: A Vida!
texto de WAGNER BORGES

A vida não espera.
Por onde você for, o tempo não pára, mesmo que você queira.
O que ficou, ficou...
O que se foi, passou...
É a vida em movimento. Somos viajantes eternos em suas trilhas.

Parece que somos passageiros na eternidade, mas a verdade é outra: somos eternos dentro do temporário. Ou seja, somos o eterno no movimento da vida que segue...
Na natureza, tudo passa! O traço característico da existência é a impermanência.
As coisas mudam, sim, mesmo que você não queira.

Pessoas e situações vão e vêm em nossas vidas, entram e saem na esfera de ação do nosso viver. Isso é assim mesmo!
Há um tempo para tudo: o amanhecer, o meio-dia e o anoitecer.

Da mesma forma, há um tempo para semear e colher; nascer, viver, partir, renascer e seguir...

Tudo passa! O que marca é a experiência adquirida.
As culpas e mágoas também passam!
No rio da vida, as águas do tempo curam tudo, pois diluem no eterno as coisas passageiras.
As coisas estranhas que aconteceram, os dramas que rolaram e as palavras que feriram também passam... se você permitir. Sim, se você se permitir notar que o tempo leva tudo, e que a vida segue mesmo que você esteja emburrado agora.
Aquele ranço antigo ou aquelas emoções apagadas que, vez por outra, bloqueiam a sua alegria, fazem parte do que é temporário, mas você é eterno.
Essas emoções passam por você, mas que tal virar o jogo?

Que tal passar por elas, sem se deter, apenas tirando a experiência e seguindo na vida?
Sim, tudo passa mesmo!

As estações se sucedem no tempo certo: primavera, verão, outono e inverno.

Isso não é bom ou ruim; é apenas natural.

Como é natural o espírito imperecível entrar e sair dos corpos perecíveis ao longo da cadeia reencarnatória.

Como é natural seguir para frente, pois o tempo não pára e a vida segue...
E, do centro da Consciência Cósmica, o Grande Arquiteto Do Universo, o Supremo Comandante de todas as vidas e de todos os tempos sorri e diz a todos:
"Tudo passa, menos o Meu Amor por todos.
As experiências vão, mas o aprendizado fica.
É impossível deixar de existir, pois a evolução é inevitável!
Todos estão destinados à Consciência Cósmica, mesmo que não entendam isso agora. Porém, se o desentendimento é passageiro, a felicidade advinda do processo de evoluir continuamente será imperecível.
Tudo a seu tempo!
Enquanto evoluem e aprendem a arte de viver, passem e vivam... e não se detenham até alcançar a meta!
O Amor é o que vale"!


 

11 March 2012

A SIMPLICIDADE E A HUMILDADE SÃO IRMÃS

por Ana Veet Maya
foto:Katia Castro,com Ana Veet Maya e Juliano Hollivier -Grupo Sensus
À medida que amadureço, o ter perde seu poder e o estar torna-se nuvem passageira. É o ser que ganha espaço!

Informação, roupas, sapatos, livros, carinho, esperanças, sonhos... Sempre é correto compartilhar!

Não adianta ter o armário cheio, usar jóias, frequentar os melhores cabeleireiros, ter massagistas,usar cremes exóticos, ter o carro do ano e o apartamento mais moderno, se a gente não se sentir saudável e equilibrado.

A necessidade do ter e o apego ao estar vão nos empurrar para uma busca desequilibrada e frenética.

E quanto mais desequilibrados e possessivos, menos nos sentiremos plenos e dificilmente estaremos contente com o que temos...

Iremos querer sempre "ter" mais e mais...

A ostentação é uma grande inimiga da paz interior.

Esta é a oportunidade para sair da nossa mente viciada em padrões antigos e materialistas que valorizam apenas o ter e o estar e deixar nosso coração triunfar e alimentar o nosso “ser”.

É momento de meditar, amar nosso ser desnudo e simples, aceitar nossos detalhes menos perfeitos, valorizar a grandeza do nosso ser como ele já é: perfeito em sua imperfeição!

É hora de expandir nossa aura amorosa, compartilhar nosso carinho e nossa motivação.

Não vamos economizar bom dia.
Não controlemos nosso aperto de mão.
Não poupemos nosso abraço, nossos risos e nossas lágrimas de solidariedade.
Desenvolvendo boas qualidades em nosso ser, encontraremos a alegria e a paz.
A simplicidade e a humildade são irmãs.











texto dedicado a minha mana
Irani de Paula
neste seu dia de aniversário!

8 March 2012

DEMÔNIOS: AS AFLIÇÕES MENTAIS

por B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~) “Stilling The Mind – Shamatha Teachings From Dudjom Linpa’s Vajra Essence”, postado no facebook hoje, 8 de março de 2012 por Mirna Grzich
 
 O motivo porque outros não vão encontrar este caminho são os maras [demônios], uma metáfora para as aflições mentais.
 
Elas fazem um trabalho demoníaco conosco, nos atormentam. Como [essas pessoas] ainda estão sob o domínio dessas aflições mentais, mesmo se elas estiverem fisicamente presente quando tais ensinamentos são dados, “suas mentes estarão em uma selva a 2.500 milhas de distância”.
 
Estão presentes ao ensinamento na carne, mas não em espírito — como um bebê em uma das palestras do físico Stephen Hawking sobre mecânica quântica em Cambridge. De modo nenhum, essa criança estaria participando da palestra.

Um outro exemplo que lembro é um sermão que ouvi certa vez de um pastor cristão. Ele levantou a questão: “Como é que as pessoas entram em uma tradição espiritual e depois de um tempo simplesmente vagam e se perdem?”. Ele usou o exemplo de um rebanho de 500 ovelhas. Como uma dessas ovelhas pode se perder se há 499 companheiras todas fazendo “béé, bééé”? Afinal, isso é o mesmo que um coro berrando: “Aqui estamos!”.

A resposta é: “grama por grama”, e elas se perdem. Isso vale tanto para ovelhas desgarradas quanto pessoas no Dharma — até que depois de um tempo, elas já não tem mais nenhum Dharma. Como elas se perdem? Bem, tem esse videogame realmente legal… depois apareceu esse filme muito bom… depois os amigos quiseram ir tomar uma cerveja e… “por que não?”… depois a pessoa perdeu o emprego — essa foi uma grama bem grande… depois conseguiu um novo emprego… e então houve esse relacionamento realmente interessante… e depois… e depois… e então a vida acaba.

Agora uma questão aparece naturalmente: “Sou como o bebê, a ovelha desgarrada ou um desses seres afortunados?”. A resposta não é tão misteriosa. A partir de sua própria experiência você vai saber se sua mente está a 2.500 milhas de distância ou se você realmente se sente afortunado por estar presente e receber ensinamentos desse tipo.

Observe a mente e vai ficar claro que, quando você está dominado por aflições mentais, você é de fato um servo dos maras. Ninguém voluntariamente decide fazer isso: se atirar na fúria, ser capturado pela ânsia ou, a partir de um estado pleno, de repente sentir ciúmes. Isso sempre acontece involuntariamente, o que significa que você está em servidão. A aflição mental surge; ela nos captura e nos aprisiona. O Dharma existe para nos libertar desse tipo de amarra.