por Ana Veet Maya
Eu hoje não quero o sal da terra
Nem quero o azul do mar
Não quero a suavidade do vento
Que aplaca o calor da minha pele.
Eu hoje não quero o doce da tua boca
Nem o sabor do mel mais raro
Não quero o elixir dos Deuses
Não quero nem mais este manjar.
Eu hoje não quero saber de nada
Não quero saber do parto
Nem do porte altivo e sereno
Daquele belo e distante rapaz
Eu não quero saber da vida
Eu não quero saber da morte
Eu não quero saber de ti
Nem de mim, meu caro amigo.
Deixa-me aqui calada e simples
Neste espaço que elegi pra mim
Esse exótico hiato breve e único
Onde as dimensões já se tocam.
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