27 August 2008

APELO

por Ana Veet Maya
Confuso o tempo saúda o dia
Na vidraça o vento assopra o véu
Que balança e assanha palavras minhas
Que despencam e voam e contemplam o céu.
Arrebenta a corrente e a vida passa
Estilhaça o medo e extermina a flor
E escravo o povo já não teme, aceita
O morrer da terra, a tristeza, a dor.
Um chorar destoa nem se sabe ao certo
Que cantar é esse que não cessa então
É o sangrar dos rios, o gemer da mata
É a vida morta num apelo em vão.

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